segunda-feira, 26 de março de 2012

O conceito da saúde pública


O conceito da saúde pública







Uma das mais citadas definições de Saúde Pública foi apresentada por Winslow, Charles-Edward Amory (1877–1957), nos EUA, 1920 . Assim, foi realizada.



"A arte e a ciência de prevenir a doença, prolongar a vida, promover a saúde e a eficiência física e mental mediante o esforço organizado da comunidade. Abrangendo o saneamento do meio, o controle das infecções, a educação dos indivíduos nos princípios de higiene pessoal, a organização de serviços médicos e de [enfermagem] para o diagnóstico precoce e pronto tratamento das doenças e o desenvolvimento de uma estrutura social que assegure a cada indivíduo na sociedade um padrão de vida adequado à manutenção da saúde".



A persistência do uso dessa definição é reforçada pela ampla difusão da definição de saúde da Organização Mundial de Saúde - organização internacional que propôs a realização das Conferências Mundiais de Saúde com integração de todos os países na persistente busca do completo bem-estar físico, psíquico e social.



O estudo da Saúde Pública no Brasil necessariamente passa por uma série de nomes e instituições como Oswaldo Cruz, Carlos Chagas, o Instituto Manguinhos ou Vital Brazil, o Instituto Butantã, Adolfo Lutz e o instituto que leva o seu nome. Instituições que se mantêm até hoje como ilhas de competência do poder público na construção de um sistema de saúde de natureza pública e equitativo, no Brasil, o SUS - Sistema Único de Saúde, capaz de dar conta das ações de saúde tanto no âmbito da atenção primária e da promoção da saúde como nas ações curativas e necessárias à reabilitação (níveis secundário e terciário da atenção em saúde).



A saúde pública do Brasil está doente, porque o governo federal não investe dinheiro suficiente para atender as necessidades da população.



Aqui em Brasília temos um exemplo de saúde precária, falta de médicos, equipamentos, segurança nos hospitais. Se a população tivessem cociência de como é importante saber colocar no poder pessoas que se preocupasse  com a saúde, não teria reclamações sobre ela.







Fonte:



http://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde_p%C3%BAblica



Autor; Matheus Lobo

Desempenho Hospitalar no Brasil e o SUS

Os hospitais são o centro do sistema de saúde no Brasil, respondendo por dois terços dos gastos do setor e boa parte dos serviços produzidos. Neles está empregada a maioria dos médicos, enfermeiros e outros profissionais da área de saúde. São também centros de treinamento e o principal ambiente de desenvolvimento e adoção de novas tecnologias.
Ao contrário da maioria dos países, o Brasil tem um sistema hospitalar diversificado, composto por vários arranjos financeiros, organizacionais e de propriedade (natureza e esfera administrativa na nomenclatura do SUS) que abrangem tanto o setor publico quanto o privado. O Brasil também é único em sua longa tradição de financiar prestadores privados com recursos públicos.
Porém, como na maioria dos outros países, o sistema brasileiro é altamente estratificado.
Um pequeno número de hospitais e centro de excelência mundiais atendem apenas a uma minoria privilegiada. A maioria dos hospitais depende de financiamento público e está abaixo do padrão razoável de qualidade onde é atendida a grande massa de brasileiros que não pode pagar por tratamento médico ou contratar um plano de saúde privado. A abundância de serviços de alta tecnologia e alto custo, nos quais o Brasil é uma referência internacional, contrasta com níveis medíocres em indicadores básicos de saúde, como a mortalidade materna e neonatal.
 Pela reforma sanitária que levou à criação do SUS-Sistema Único de Saúde (o que ocorreu formalmente em 1988), a maior parte da responsabilidade pela prestação de serviços de saúde foi descentralizada para os municípios e, em extensão bem menor, para os estados. Essa descentralização é financiada em parte por repasses diretos de recursos federais a estados e municípios. Os governos federal, estaduais e municipais desempenham funções complementares e por vezes até concorrentes.
O Brasil gasta mais com saúde do que outros países de renda média: 8,2% do PIB (US$ 753,00 per capita em paridade de poder de compra) em 2006, sendo que 45% desse valor provêm
de fontes públicas. Mesmo assim, o pais obtém apenas resultados medianos. Isso também
é verdadeiro em relação ao subsetor hospitalar, que conta com cerca de meio milhão de
leitos e produz 20 milhões de internações. O cenário é dominado por prestadores privados,
que respondem por 70% de todos os leitos, mas a maior parte do atendimento hospitalar é
custeada pelo SUS .
 Os prontos-socorros, em geral, são a porta de entrada do sistema de saúde no Brasil. O pais depende grandemente de hospitais: eles respondem por 70% dos atendimentos de emergência, 27% do atendimento ambulatorial e por quase todas as internações.
Nesse contexto, os políticos consideram os hospitais uma grande oportunidade de angariar votos . O comportamento de uma autoridade muda quando resultados negativos ou falhas hospitalares aparecem na capa dos jornais locais. Para a imprensa, os hospitais são fonte certa de notícias – tanto no caso de inovações médicas e curas milagrosas como quando ocorrem eventos adversos e mortes evitáveis.
Uma parte das críticas e injusta. Não se pode culpar um hospital quando pacientes em estado avançado de uma doença que envolve risco de morte – mulheres gravidas com pressão alta ou convulsões, crianças gravemente desidratadas ou pessoas vitimas de acidente vascular cerebral com pressão arterial descontrolada – acabam num pronto-socorro, sofrendo as consequências da falta de acesso à atenção primária, quando essas complicações potenciais poderiam ser tratadas num estágio inicial.
Desde meados dos anos 1980, o desenvolvimento da política de saúde no Brasil se concentrou em descentralizar a prestação de serviços, reduzir disparidades financeiras e alcançar o acesso universal aos cuidados básicos. Questões referentes ao desempenho hospitalar, qualquer que seja a sua definição, tem sido deixadas a cargo de unidades individuais. Porém, à medida que os custos na área de saúde sobem rapidamente, as autoridades financeiras do governo passaram a se preocupar mais. É cada vez mais urgente conter gastos e aplicar melhor os recursos existentes.
Mas, na grande maioria dos hospitais brasileiros, o desempenho deixa a desejar, o que é
particularmente verdade em unidades que atendem a população carente. Nelas, falta informação, a baixa qualidade do atendimento é sempre noticia, a produtividade é minada pela
ineficiência e a responsabilização (accountability) é obscura. Muitos estão em desacordo com
a legislação sanitária brasileira e tem dificuldade em se adaptar a mudanças, fazendo uso de práticas e métodos de gestão ultrapassados.
Fonte:
La Forgia, Gerard M.
Desempenho hospitalar no Brasil: em busca da excelência. / Gerard M. La
Forgia, Bernard F. Couttolenc. São Paulo: Singular, 2009

TEXTO E EDIÇÃO: VINÍCIUS FERNANDES

domingo, 25 de março de 2012

A realidade Hospitais Privados e Públicos

A realidade Hospitais Privados e Públicos  

Hoje,no Brasil, existem vários tipos de hospitais privados.Todos tem a tendência de visar um lucro.

Muitas pessoas de todo o Brasil pagam planos de saúde para ter um atendimento melhor  e também ter uma qualidade de saúde  melhor em relação aos hospitais públicos, mas será que esses hospitais são melhores do que os hospitais público? E o atendimento? E qualidade é melhor?Devemos refletir sobre essas questões  pois assim nós vamos mudar o nosso conceito(visão) sobre a saúde publica.

Abaixo vocês irão ler uma reportagem que fala como o atendimento dos hospitais privados piorou nos últimos anos:

Com a precariedade da saúde pública, os brasileiros recorrem aos convênios médicos para um atendimento de qualidade, mas não é o que acontece em São Paulo, onde faltam leitos e profissionais qualificados, e em alguns casos, tem o atendimento pior do que em redes públicas.

Nos últimos 11 anos, o número de pessoas com acesso a um plano de saúde cresceu quase 65%, mas o problema é que muitos hospitais particulares não investem na infraestrutura para atender essa demanda, o que resulta em uma rede de serviços médicos decadentes e pacientes cada vez mais indignados com a qualidade do atendimento.

Mesmo pagando caro, é difícil conseguir um leito nos hospitais particulares, desabafa a filha preocupada com a saúde de seu pai de 85 anos, que após passar o dia aguardando uma vaga no Hospital São Luiz, foi obrigado a voltar para a ambulância. Os funcionários lamentam, mas dizem que não poder transferir os pacientes porque em quase todos os hospitais da cidade, a situação é a mesma.



Fonte: http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/?c=17230&t=SP:+Atendimento+em+hospitais+particulares+e+cada+vez+pior

sexta-feira, 23 de março de 2012

Hospitais privados

Hospitais privados

       

            Hospital privado é aquele que tem um ou mais donos que lucram pela cobrança do atendimento médico. A maioria dos hospitais privados em todo o Brasil recebe dos convênios ou dos planos de saúde, mas muitas vezes esse atendimento falha, pois as pessoas confiam que vão ser atendidas, mas isso nem sempre acontece. Quando um paciente tem um médico de sua família que trabalha no hospital, ele consegue um atendimento mais rápido e melhor do que as outras pessoas.

            Também acontecem casos em que as pessoas que chegam no hospital, mesmo as que apresentam um caso crítico, precisam apresentar autorização do plano de saúde para serem atendidas. Há notícias de pessoas que morreram por falta de atendimento, mesmo tendo plano de saúde.

            Um dos casos de falha em um hospital privado, que ficou muito conhecido, foi a morte de Marcelo Dino, garoto de treze anos que morreu na UTI do Hospital Santa Lúcia, em Brasília. Esse caso gerou muita polemica, pois ele, quando passou mal, estava na UTI, que é o lugar onde o socorro deve acontecer imediatamente e, mesmo com todas as máquinas e atendimento, Marcelo Dino não suportou. Até hoje o caso está sendo investigado, para termos certeza de que foi uma falha do hospital ou se eles não poderiam fazer mais nada.
Fontes:








quarta-feira, 21 de março de 2012

Brasil gasta abaixo do necessário com saúde



Abaixo nós podemos perceber como o governo federal brasileiro investe e se preocupa com a saúde pública brasileira, uma coisa vital para todos  os cidadãos brasileiros que pagam impostos caros para ter tudo com uma precariedade.

Você, leitor leia esta notícia que deixa todos nós como o “queixo  caído” .

Brasil gasta com saúde pública metade do que investem países como Alemanha e Canadá
País injeta 3,6% do PIB no setor, enquanto europeus e canadenses usam ao menos 6%

A criação do SUS (Sistema Único de Saúde), em 1988, e o crescimento econômico não foram suficientes para ampliar os recursos da saúde no Brasil ao longo dos anos, segundo os especialistas consultados pelo R7. Os atuais gastos com a saúde pública no país ficam muito abaixo do que é investido por nações que também oferecem saúde gratuita, como Reino Unido, Alemanha, Canadá e Espanha.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil gastou 3,6% do PIB (Produto Interno Bruto, ou a soma de todas as riquezas do país) com a saúde pública, em dados de 2008 –último balanço oficial contando Estados e municípios. O valor equivale a quase R$ 109 bilhões. De acordo com dados da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), 56% do que é investido em saúde no Brasil vem de recursos públicos.

Já os países citados investem ao menos 6% de seu PIB no setor público de saúde. Com isso, 60% a 70% do que é gasto com saúde é responsabilidade dos governos, segundo relatório da Opas (Organização Pan Americana de Saúde).

Perfil de gastos mudou pouco em anos

Segundo Aquilas Mendes, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo), isso mostra que o Brasil, mesmo tendo mudado seu perfil econômico, ainda está longe de ter o status de desenvolvimento no setor da saúde.

-O Brasil gasta muito pouco com saúde pública. Em 2010, gastou 4% do PIB, uns R$ 127 bilhões. Nós teríamos que chegar a gastar mais 2% [do PIB] para nos igualarmos a esses países. Pelo menos tínhamos que investir mais R$ 83 bilhões.

Somando o setor privado (planos de saúde e gastos particulares), o total dos gastos com saúde no Brasil chega a 8,4% do PIB. No entanto, isso representa metade do índice investido pelos Estados Unidos (16%) e ainda abaixo da média dos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) – que aplicam 9% de suas riquezas na área.

Para Marcos Bosi Ferraz, professor do departamento de medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e presidente da CPES (Centro Paulista de Economia da Saúde), o gasto brasileiro mostra uma defasagem de décadas, por não ter sido muito alterado ao longo dos anos.

- Quando a gente compara o que esses países investem com o que a gente investe aqui, nós temos uma defasagem de 30 anos, relativamente. E quando a gente compara por números absolutos, em PIB per capita, aí nem se compara. Talvez nós estejamos com uma defasagem de 50 anos, e queremos ter tudo o que eles têm na área da saúde.

A desigualdade fica ainda mais gritante quando indicadores de saúde são comparados entre esses países, segundo Ferraz.

- Quando a gente olha indicadores de saúde, como mortalidade infantil, expectativa de vida ao nascer e mortalidade materna, por exemplo, os nossos indicadores de saúde são parecidos aos indicadores que esses países tinham na década de 60. O que mostra um pouco o nosso desafio, a carga de problemas aqui ainda é muito grande.

Por que faltam investimentos?

Para Lígia Bahia, diretora da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e professora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), os poucos recursos são resultados da falta de clareza no que deve ser investido no setor.

- É importantíssimo ter recursos para a saúde. A maioria dos países já considera isso há muito tempo. Por isso que, na maioria, mais de 70% do gasto é público, não privado. Na Inglaterra e na França é mais de 80%. No Brasil isso não está claro para os governantes. Como se a gente pudesse ser um país de primeiro mundo sem saúde.

Para a diretora da Abrasco, não é a falta de dinheiro em si que causa essa desvantagem, mas a dificuldade de elencar prioridades nos gastos.

- Não estamos falando de dinheiro, mas de saúde. Quais são os indicadores de saúde que a gente quer alcançar? A gente é a sexta economia do mundo e a 78ª em mortalidade infantil.

Fonte: http://www.r7.com/

A origem da saúde pública brasileira

A origem da saúde pública brasileira

No início, "não havia nada" considerando-se o que poderia ter sido feito. A saúde no Brasil praticamente não existiu nos tempos de colônia. O modelo exploratório nem pensava nessas coisas. O pajé, com suas ervas e cantos, a medicina dos jesuítas e os boticários, que viajavam pelo Brasil Colônia, eram as únicas formas de assistência à saúde. Para se ter uma ideia, em 1789, haviam, no Rio de Janeiro, apenas quatro médicos.

Além das enfermarias de cuidados dos jesuítas, as únicas instituições que podemos destacar no vazio assistencial desse período é a criação das Santas Casas de Misericórdia. É controversa a data de criação da primeira Santa Casa no Brasil. Para alguns autores teria sido a do porto de Santos fundada por Brás Cubas em 1543; para outros teria sido a da Bahia ou de Olinda.

Entre as descrições das patologias e medicamentos utilizados no Brasil Colônia destacam-se as contribuições do médico naturalista Guilherme Piso, que participou, como médico, de uma expedição nos anos 1637 - 1644 para o Brasil, com patrocínio do conde Maurício de Nassau que administrou a conquista holandesa do nordeste do país entre 1637 e 1644. Observa-se a continuidade da catalogação de espécies de uso medicinal, já iniciada pelos jesuítas e outros viajantes, comparando o uso das espécies nativas às já conhecidas na farmacopeia europeia.

Com a chegada da família real portuguesa, em 1808, as necessidades da corte forçaram a criação das duas primeiras escolas de medicina do país: o Colégio Médico-Cirúrgico no Real Hospital Militar da Cidade de Salvador e a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro. E foram essas as únicas medidas governamentais até a República.

Foi no primeiro governo de Rodrigues Alves que houve a primeira medida sanitarista no país. O Rio de Janeiro não tinha nenhum saneamento básico e, assim, várias doenças graves como varíola, malária, febre amarela e até a peste bulbônica que espalhavam-se facilmente. O presidente então nomeou o médico Oswaldo Cruz para "dar um jeito" no problema. Numa ação policialesca, o sanitarista convocou 1.500 pessoas para ações que invadiam as casas, queimavam roupas e colchões. Sem nenhum tipo de ação educativa, a população foi ficando cada vez mais indignada. E o auge do conflito foi a instituição de uma vacinação anti-varíola. A população saiu às ruas e iniciou a Revolta da Vacina. Oswaldo Cruz acabou afastado.

Por causa disso, a saúde publica, na atualidade, é assim complicada, precária e vergonhosa.

Nós brasileiros devemos buscar os nossos direitos e também devemos exigir que o governo o cumpra. Devemos mudar a política brasileira, o modo de organização da saúde pública no Brasil para que o país "vá para frente".